A forma do restaurante surge do tratamento plástico de sua coberta. Trata-se de quatro paraboloides hiperbólicos idênticos construídos em concreto armado, rotacionados e interseccionados em seu centro. Com isso, forma-se em planta um desenho simétrico composto por oito lados.
A intenção do arquiteto foi não contrastar com a tradição e a beleza do lugar. As grandes aberturas do edifício, panos de vidro com esquadrias metálicas de 2,40×2,40m, são, assim, meios de comunicação e contato com os jardins externos. O edifício é um objeto flutuante, como uma flor de lótus sobre a água.
A planta baixa apresente um diâmetro de aproximadamente 42 metros. Os paraboloides contam com uma altura máxima de 8,25m e uma mínima, ao centro, de 5,90m.
No centro do salão do restaurante, encontra-se uma pista onde acontecem bailes e cerimônias de diversos tipos. A espacialidade interior é definida por um jogo de luzes gerado pela estrutura de paraboloides.
De um lado estão paredes independentes que contem a área de serviços do restaurante, como a cozinha, os sanitários, o átrio de acesso, etc. O acesso ao edifício conta com um estacionamento para aproximadamente vinte automóveis.
A cofragem da cobertura é mais simples que a de uma abóboda formada pela intersecção de cilindros, por ter dois sistemas de generatrizes retas. E ainda, por estar constituída por superfícies não desenvolvíveis, a estrutura é muito mais rígida e permite ser construída com espessuras menores, neste caso, apenas 5 centímetros.
A experiência e intuição de Candela permitiu eliminar a viga e concentrar a descarga do peso da estrutura nos apoios de arranque na borda extrema das paraboloides. À primeira vista parece que as superfícies de concreto nunca tocam o solo.